o filme documentario sobre josé bonifacio vai lembrar da importante passagem do patrono na ilha
Géneros:Documentários
Informações Adicionais:
Uma história notável de um português, que merece ser contada e conhecida do grande público.
A vida de José Bonifácio de Andrada e Silva marca e
documenta ela própria a história da Ciência e da Política no início do
século XIX. O relato da sua trajectória de aprendizagem científica é
feito pelo próprio, como Secretário Perpétuo da Academia Real das
Ciências de Lisboa, numa representação ficcionada da preparação do seu
discurso histórico de Junho de 1819, que antecedeu o seu regresso ao
Brasil.
José Bonifácio relembra os tempos em que, vindo do Brasil,
chega à Universidade de Coimbra e se matricula nos cursos de Direito, de
Filosofia e de Matemática.
A pesca das baleias que observou durante
a sua juventude na armação de Bertioga, perto de Santos, é o tema
escolhido para um estudo de admissão à Academia de Ciências de Lisboa.
A
partir de 1790, já em Paris, numa época em que fervilhavam os ideais da
Revolução, José Bonifácio aprofundou os seus conhecimentos de Química e
Mineralogia. A história leva-nos em seguida a Freiberg, cidade alemã
com grande tradição mineira, onde José Bonifácio foi colega de estudos
do célebre naturalista alemão Humboldt.
As imagens das ferrarias do
Alge associam-se aos trabalhos de José Bonifácio após o seu regresso a
Portugal, em 1802, como Intendente Geral das Minas e Metais do Reino e
recordam que foram os artilheiros das ferrarias que foram por ele
chamados como chefe do Corpo Académico Militar para combater em Coimbra a
invasão francesa de 1808.
Depois da fuga da Corte portuguesa para o
Rio de Janeiro o documentário continua na Academia das Ciências, já
depois das invasões francesas, com José Bonifácio a desenvolver os seus
trabalhos científicos. Os trabalhos sobre as dunas da costa de Lavos
documentam a importância da arborização de que José Bonifácio foi
pioneiro e as paisagens de Trás-os-Montes ilustram os seus estudos sobre
as possibilidades de exploração de minas.
Em 1820, já no Brasil,
José Bonifácio continua as suas explorações mineralógicas numa viagem de
Santos a São Paulo. José Bonifácio, entretanto Vice-Presidente do
Governo de S. Paulo, defende a civilização dos índios e a emancipação
gradual dos escravos e contestava a decisão das Cortes de que as
Províncias do Brasil dependessem de Lisboa e que ordenavam a D. Pedro
que regressasse a Portugal.
D. Pedro, influenciado por José
Bonifácio, proferiu então a célebre frase ?Independência ou Morte?. A
influência de opositores a José Bonifácio, em particular pela sua
posição contra a escravatura, e também de Domitila, amante de D. Pedro,
fez com que José Bonifácio fosse deportado para Bordéus em 1823.
A
morte da Imperatriz Leopoldina, o novo casamento de D. Pedro e o
afastamento de Domitila permitiram o regresso de José Bonifácio ao
Brasil. D. Pedro, agradecido, antes de partir para Portugal em 1831 para
recuperar o trono ao seu irmão D. Miguel, nomeia José Bonifácio tutor
dos seus filhos.
As imagens da ilha de Paquetá, na baía de
Guanabara, onde José Bonifácio se fixou e onde passou os últimos anos de
vida até à sua morte em 1838, e do Panteão dos Andradas, em Santos,
fecham a narrativa da sua vida. Ficam para a história a defesa da
Natureza mas também a defesa dos índios, dos escravos, dos brasileiros e
dos portugueses sendo, talvez, o primeiro estadista de dimensão
universal a compreender que a defesa dos recursos naturais é a mesma
defesa dos direitos do homem, e que Natureza e Humanidade são um todo
único!Documentário no âmbito do Ano de
Portugal no Brasil e o Ano de Brasil em Portugal, a decorrer de 7 de
setembro de 2012, Dia da Independência no Brasil, a 10 de junho de 2013,
Dia Nacional de Portugal.
para maiores informações.: http://www.rtp.pt/programa/tv/p30229
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